Não fizemos um grande jogo não senhor, mas a mim pareceu-me um encontro bem conseguido. Fizemos o que tinha que ser feito com sucesso e isso já não fazia-mos à algum tempo.
O Rio Ave esteve uma boa parte do encontro por cima dos acontecimentos, principalmente enquanto precisava de marcar, depois controlou a situação, ou pelo menos tentou. Defensivamente não vi grandes desequilíbrios, o que verdadeiramente faltou foi o espectáculo.
Pedro Martins apostou num meio campo duro, com poder de choque, passando um claro cartão amarelo aos nossos mais criativos e incutindo à equipa a obrigação de lutar pelos 3 pontos em todos os duelos.
O Marítimo também nos dificultou muito a vida. Obrigado a muitas alterações o adversário preferiu fechar-se bem no meio campo, com 11 atrás da linha da bola. A sua estratégia passou por secar o jogo interior, obrigar o Rio Ave a jogar pelos corredores e tendo em conta esse aspecto foi feliz a escolha de Guedes, Contra estas equipas só Yazalde não chega porque ainda não se formou como homem de área. A sua entrada foi, a meu ver, um alterar do chip da equipa, de posse para contra ataque e um inibidor para uma maior ousadia dos insolares.
Nota ainda para a falta de pontaria do Marítimo que em 13 remates não coloca nenhum na baliza.
Homem do Jogo: Roderick
Num jogo em que ninguém se superiorizou à equipa o destaque vai para um atleta que venceu uma lesão de 1 ano. Um jogador que voltou para conquistar um lugar e teve outra lesão. Agora apareceu na equipa de pedra e cal e conseguiu fazer o primeiro com a nossa camisola. Mas se tudo isto não bastasse, só a felicidade demonstrada por Roderick após o seu feito valia este destaque.
Dos restantes não se pode fazer muitos mais destaques como já disse. O todo foi bem melhor que a soma das partes. Roderick, por exemplo, fez o único remate à baliza em todo o jogo.
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