Penafiel 0 - 2 Rio Ave - Água mole em pedra dura tanto bate até que fura!

  Foi mesmo assim. Após 5 jogos sem ganhar, após muitos remates do Rio Ave e uma mão cheia só de Del Valle lá chegamos à vantagem e á vitória.
  Quando se está à algum tempo sem ganhar, qualquer jogo é complicado e normalmente a dificuldade vai aumentando à medida que a frustração e ansiedade de voltar ao bom caminho vai crescendo. O jogo com o Penafiel não fugiu à regra, mas a combatividade da equipa, a coragem do treinador e o profissionalismo de todos levaram a equipa a uma vitória importantíssima, até para os jogos que aí vem.
  O Rio Ave massacrou o Penafiel durante todo o jogo, tal como o resumo mostra e só a vitória seria aceitável. O Rio Ave quis ganhar, jogou para ganhar, deixaram que ganhasse e no fim ganhou.
  Pedro Martins merece muitos elogios, já que teve a coragem de sentar no banco Ukra e Diego Lopes e no fim ganhou a aposta. Hoje em dia, muitos dizem que o Rio Ave está pior e que até parece cansado, mas poucos teriam a coragem de reconhecer esse cansaço e dar descanso a pedras chave num jogo, que apesar de ser teoricamente acessível, era de vitória obrigatória.

Homem do Jogo: Marvin Del Valle

  Estava com muitas dificuldades em destacar um deles e pela primeira vez avanço com dois nomes. Um porque vez uma exibição muito conseguida (Marvin), uma exibição cheia. O outro (Del Valle) porque tentou passar á equipa a ideia de que era preciso rematar, tentar tudo para marcar, tal como Marvin procurou o desequilíbrio no 1 para 1 e no final até marcou, 9 remates, 6 à baliza, 1 Golo.

  Quanto aos restantes Ederson apresentou-se sólido, mas com pouco trabalho.
  Na defesa Lionn foge ao cartão amarelo, os centrais Marcelo e Vilas Boas garantiram que o Penafiel não chegaria à área se não de bola parada. Para Abalo uma nota muito positiva também, já que apesar de discreta fez uma boa exibição. Não foi vertiginoso no ataque, mas se foi discreto é porque não errou defensivamente.
  No meio campo Wakaso esteve seguro e transmitiu segurança, enquanto Tarantini e Pedro Moreia foram os jogadores certos nos locais certos. O Mister apostou nos triângulos - lateral, médio, extremo - e ganhou a aposta, já que foi um dos jogos com um Rio Ave mais envolvente e rematador de sempre (a qualidade do adversário também ajudou)
  No ataque, para além dos extremos, vimos um grande Hassan que chegou aos 15 Golos, o seu objectivo pessoal para a época e que, para alem de marcar, potenciou as diagonais dos seus extremos.
  Dos suplentes Ukra e Diego vieram trazer outra coisa, já que Marvin a extremo ainda apertou mais o adversário, tal como a capacidade de Diego jogar mais junto de Hassan.
  Habib entrou pior, mas era imperativa a sua entrada. Estava 1-0, era preciso garantir a vitória e um jogador que faz de central e médio, tem porte físico, bom jogo aéreo e tem 29 anos de experiência, era a solução ideal (aparentemente). Ganhamos e ainda marcamos outro Golo, por isso parece ter resultado.