Eis um daqueles jogos que não bateu certo.
O Rio Ave entrou muito mais forte, dominou, foi agressivo, procurou o Golo e conseguiu-o. Depois apesar de ter menos bola (intencionalmente) teve mais e melhores oportunidades. O Moreirense com muita bola criou pouco perigo, mas com pouco perigo tirou muito proveito.
Todo o rioavista se sentiu frustrado no final do encontro, mas a verdade é que fomos perdulários e nesse sentido, também merecemos o castigo que o futebol nos deu. Nós também já tiramos esse proveito no passado.
Fizemos 13 remates, mas enquadramos somente 2 e um enviamos ao poste (infelizmente fico com a sensação que Camacho, à semelhança de Rafael Martins, se encontrava adiantado em relação à linha da bola). Além disto ainda perdemos boas oportunidades sem produzir o remate final.
Tal como o adversário também tivemos um Golo invalidado. E que astúcia de Gelson Dala. Mas o facto é que estava adiantado.
Curiosamente, no meio deste poder de fogo todo, o nosso Golo surgiu após um ressalto num adversário. O lado positivo é que marcamos após bola parada e muita atenção a Sávio (bate bem).
Podíamos ter vencido e ninguém daria a vitória por mal empregue. Somente o Golo do adversário veio dar corpo e mérito ao empate.
Mas será que os erros se resumem aos "avançados"? Mais desligado emocionalmente da partida surge-me uma dúvida:
Porque é que tivemos tão pouca posse de bola? Ou foi propositado ou foi por obrigação.
Ora, se foi propositado pode não ter sido a ideia mais inteligente. É certo que o nosso contra ataque já nos deu bons frutos (Vitória SC é o ex-líbris), mas a verdade é que nos primeiros minutos, enquanto tomamos conta do encontro, criamos umas 4 oportunidades de Golo (em 25 min.?). Coloca-se a dúvida: Será que deveríamos ter procurado ter mais bola e apertar mais o Moreirense. 38% é muito pouco. (é certo que no final da primeira parte o cenário já era idêntico e dei por mim a pensar que os dados estavam errados dado a superioridade que o RA demonstrou).
Se tentamos ser dominadores e o adversário não nos deixou... então não jogamos assim tão bem. E se olharmos ao encontro com o Farense, a verdade é que não cedemos tanto. Houve muito provavelmente mérito do adversário. Mas também é provável que tenha havido demérito nosso. Recuamos muito cedo e refrescamos tarde o ataque. Fomos mais securitários e preferimos apostar na segurança dos que estavam perto de matar o jogo, mantendo boa coerência defensiva, do que meter sangue fresco e arriscar algum desacerto.
Perdemos e é fácil e tentador procurar o nosso erro.
A verdade é que se tivéssemos ganho da mesma forma (apenas não sofrendo aquele golo) estaríamos perante um jogo em que tudo bateria certo e, afinal, água mole em pedra dura tanto teria batido que até teria furado.
Venha o próximo:
Fica a nota: Miguel Cardoso, na mesma jornada, tem mais um ponto que Mário Silva.
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