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14 agosto 2016

Rio Ave 1 - 3 Porto - O Pimento Dourado

  Acabo de ver o resumo que aqui disponibilizo e ainda percebo menos este encontro.
  Merecíamos ganhar? Não. Alguém a ganhar deveria ser o Porto? Sim. Podíamos ter vencido? Perfeitamente. O empate era justo. Sem dúvida. Não perdemos contra o Porto mas sim contra as suas individualidades.

  Vejo o resumo e revejo novamente e tudo o que vejo é um Rio Ave com uma boa ideia. Mais uma vez uma Rio Ave a tentar ser mandão, a querer a posse de bola, a trabalha-la de forma interessante, mas a verdade é que não cria uma única ocasião soberana de Golo em bola corrida. Falo de lances como tiveram os jogadores adversários, com cabeceamentos e remates enquadrados concebidos dentro da área. Só Gil Dias conseguiu alguma coisa, mas fruto a um rasgo individual. O Rio Ave precisa claramente de crescer a este nível ou então...

  Ninguém no Clube, entre os que podem e os que não podem, com excepção aos jogadores vieram reclamar o que quer que fosse da arbitragem (também este jogo foi contra o Porto), por isso também não vou ser eu a fazer muita conversa em volta disso. Se havia visibilidade para passar alguma mensagem, essa apareceu após o jogo perante televisões, rádios e jornais nacionais e desapareceu logo a seguir.
  Eu, no entanto, vi o jogo com atenção:
1 - Não há vermelho no lance entre Teles e Heldon, mas há vermelho direto entre Marcelo e Otávio. 

2 - Há uma carga nas pernas de Heldon fora da área culminando num desequilibro fatal já dentro da área e respectivo livre. Há uma carga fora da área sobre Otávio e respectivo penalti. Puxão? E o jogador cai para a frente? Empurrão com o braço por cima? São as novas leis da física. O que vimos mais uma vez foi a aplicação do código da estrada, "quem bate por trás paga". Otávio sofre falta fora da área, desequilibra-se, tenta recuperar mas perdendo a velocidade e sentido o braço de Marcelo, que não podia estar noutro lugar (levantou-o para evitar o tal empurrão no dorso do adversário), deixa-se bater por trás e, maravilha, está dentro da área.

4 - Não vemos Marcelo num puxar ou empurrar ostensivo, mas há vermelho direto. Vemos Teles a dar uma cotovelada em Heldon, mas apenas segundo amarelo por imprudência.

5 - 17 faltas e flatinhas assinaladas ao Porto e 3 amarelos (os dois de Teles eram o mínimo possível, podendo cada um ser vermelho - 15 faltas, 1 amarelo). 9 faltas assinaladas ao Rio Ave e 2 amarelos e 1 vermelho (descontando a falta de Marcelo - 8 faltas, 2 amarelos). Ou o Porto também é mais competente a fazer as faltas ou o árbitro é muito covarde para as punir convenientemente.

  Posto isto como é que se fala de mais um jogo frente ao Porto que acaba completamente inquinado? Como apreciar uma exibição que apesar de não cheirar a Golo não é tão inferior à do Porto? À da equipa do Porto.
  Apenas nos podemos concentrar nos nossos defeitos. Podemos chegar ao fim com a melhor renda de bilros feitas por jogadores de futebol, mas se não chegamos ao Golo então de que nos serve tanto trabalho. Esperava mais de um ex jogador ofensivo e capaz de algumas espectacularidades. Felizmente até ver, salva-se a filosofia. Mas a missão de Capucho está cada vez mais difícil, Até que ponto os jogadores vão continuar a acreditar neste modelo? Como é natural nas bancadas a descrença já é acentuada.

Homem do Jogo: Tarantini

  Quando tudo se desmorona e ninguém se destaca verdadeiramente, temos que encontrar a formiga mais trabalhadora e competente de todo o formigueiro. Desta vez foi, mais uma vez, Tarantini. O ataque não atacou atingindo o objectivo máximo e a defesa foi francamente violada. Tarantini foi o primeir a criar perigo e foi ele que manteve a ligação defesa-ataque-defesa com coesão. Foi ele ainda que teve que baixar a central. Posto isto Tarantini é o meu destaque.

  Quanto aos restante destacam-se pela positiva, Roderick, que começa a reclamar outro estatuto na defesa. Wakaso, sempre fiável com a reputação de um carro alemão. Heldon pelo que pode oferecer neste jogo onde teve espaço para explurar entre a defesa e a baliza. João Novais que sai do banco para ser o mais rematador de todo o encontro. Gil Dias, que continuo a ver como não avançado, e por isso sem lugar no ataque, mas com atributos que lhe podiam garantir mais influência/consequência noutra posição. 
  Pedro Moreira super esforçado pareceu planar em campo durante a primeira parte, mas acusou a falta de andamento. Nadjack foi muito posto à prova pela mobilidade do corredor esquerdo portista e mesmo assim foi-se aguentando. Rubén Ribeiro continua capaz do melhor e do pior, ainda assim parece um pouco vítima da falta de profundidade da equipa que expõe o seu maior defeito (perde-se com a bola).
  Pedrinho fica ligado ao Golo do empate já perto do intervalo. Um jogador também muito capaz de bons e maus momentos, falta a tal fiabilidade.
  Marcelo fica para a história como autor do primeiro Golo da Liga Nós 2016/17, o primeiro jogador a ser expulso, o primeiro jogador a cometer um penalti e ainda o primeiro jogador a ver um vermelho direto também na Liga Nós 2016/17. Marcelo parece-me altamente profissional e acredito que só isso o tem mantido ao nível a que está. Já os erros defensivos (não forçados) parecem evidenciar um jogador algo perdido psicologicamente, fruto da lesão e/ou não saída (um novo Ukra?).
  Yazalde e Ronan foram vítimas de um jogo onde, se era para dividir a posse de bola, deveriam ser titulares para prender a defesa do Porto. Não adianta ter um meio campo a controlar o jogo e um ataque a querer parti-lo em contra-ataques.

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