Há algum tempo que queria dedicar um tempo para escrever sobre
a nossa equipa de Futsal sénior (a única equipa do Rio Ave Futebol Clube (não SDUQ)
a disputar uma competição com nível nacional. Mas não queria escrever sobre
esta equipa, principalmente no meio de dois resultados negativos, sem perceber
de que equipa estaríamos a falar.
![]() |
Fonte: facebook.com/rioavefc |
1. Venham mais vitórias, porque são muito importantes.
2. Venham mais adeptos, porque são muito importantes e a modalidade
é boa.
3. Venham mais treinos, porque neste jogo viram-se algumas falhas.
1. O Rio Ave precisa de muito mais vitórias, porque infelizmente só o 1.º classificado passa directo, acompanhados dos 5 melhores 2.º classificados das séries continentais (um não se qualificará).
O Caxinas já está a embalar (venceu o adversário que nos derrotou) e
é uma equipa muito conhecedora deste campeonato e que tem sido o crónico
vencedor desta série. Ainda só dependemos de nós para atingir o 1.º posto, mas
caso isso não seja possível, devemos reduzir ao mínimos os deslizes para não
deixar fugir os pontos necessários a um 2.º posto seguro.
2. O Rio Ave merece mais adeptos no pavilhão.
O ambiente, com a ajuda da claque, está muito interessante - Em
relação à claque no pavilhão: só falta mais voz e menos bombo. Na voz todos podemos
ajudar e se não ajudamos... pois que se rebente com o bombo. Acreditem que
ninguém dorme!
Esta equipa merece mais e com 80.0000 habitantes em Vila do Conde,
mais os amigos e familiares dos jogadores e técnicos, não deveria custar nada
encher o recinto, mesmo descontando os adeptos que nesta modalidade, com
naturalidade, defendem o Caxinas.
3. O Rio Ave está a jogar bem, mas pode ainda melhorar.
Com os dois resultados menos positivos duvidei da real capacidade do
Rio Ave, que carrega o peso da responsabilidade de ser o Grande desta divisão
(atenção que o fosso para os demais não tem a mesma proporção que a do Benfica
e Sporting).
Mas quis ver com os meus olhos e ainda bem que o fiz. Não jogamos
mal, mas um jogo também não nos mostra tudo. O adversário talvez seja apenas
q.b., mas conta com 5 jogadores oriundos do 1.º Escalão (Unidos Pinheirense e
Rio Ave - Arnaldo Pereira), logo, apesar de ter sido repescado pela desistência
por incapacidade financeira do Pinheirense, este Póvoa não é uma equipa banal,
tal como comprova a sua classificação, 6 pontos em 4 jogos, e a sua exibição a
espaços.
Entramos melhor, marcamos primeiro, podíamos ter ampliado, mas foi nessa altura, no melhor momento do adversário na partida, que o jogo equilibrou e se atingiu o empate. Pareceu-me que demoramos muito tempo a mexer no 5 inicial e que foi após a introdução de maior rotação que potenciamos a incapacidade física do Póvoa que não aguentou o nosso ritmo.
Quando aumentamos essa rotação, fomos somando Golos e mais Golos,
com destaques para o pivot João Miguel e o ala Zé Paulo (entre os elementos
novos no plantel) nos Golos e os já conhecidos Balão e o capitão Lincon que
deram a estabilidade necessária nos momentos certos.
Penso que podemos e devemos melhorar no processo defensivo e podemos
decidir melhor na hora de finalizar (por vezes a baliza assustou). Preocupou-me
mais a defesa do 5 para 4, em que tivemos algumas debilidades, e um equipa
melhor marcaria mais que um Golo, e preocupou-me um momento de ataque em 4 para
3 (após expulsão do GR adversário) em que a equipa parecia completamente
perdida e foi Balão, em criatividade individual a resolver.
Nota para dois momentos caricatos:
1- O mister André Crud queria fazer a tal primeira mexida, mas ninguém lhe
deu ouvidos (o GR Cláudio percebeu, mas não era ele) e de uma passou a duas e
ninguém lhe deu ouvidos e, felizmente para quem estava lá dentro, marcamos o
2-1. Crença, Foco na quadra, Desrespeito pela indicação técnica ou Muito
barulho da Claque?
2- A expulsão injusta do jogador de campo do Póvoa. Não merecia o primeiro amarelo que surgiu por insistentes protestos do jogador que levou efectivamente com um braço/mão na cara no lance do nosso Golo. É normal que se queixe, principalmente porque deu Golo. Penso também que existiu falta desse jogador, com as pernas sobre o nosso atleta, que originou alguns desequilíbrios entre os envolvidos e promoveu os toques, mas o árbitro deixou seguir e/ou deu lei da vantagem. Pode ter exagerado no que disse (pode, não sei!), mas pedia-se pedagogia ao árbitro e bom senso perante um atleta que sofreu um toque na face.
O momento caricato surge no segundo amarelo em que os dois envolvidos, completamente "cegos" e precipitados pela vontade de virar o resultado promoveram uma troca entre o GR Avançado em campo e um jogador de campo, o tal, que assim viu o segundo cartão e respectivo vermelho. A equipa não podia ficar a jogar sem GR...
A minha palavra de conforto para o atleta que foi expulso segundo as regras, mas a dar tudo para não perder. Podia ter evitado os dois amarelos, mas são coisas que acontecem num dia menos feliz.
Sem comentários:
Enviar um comentário