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11 novembro 2020

Eleições - onde vou colocar a cruz?! - parte I

  Ora bem, as ditas eleições...
 
  Do candidato António da Silva Campos:
  Antes da apresentação da candidatura (que me parecia evidente, até pela promoção ao Presidente realizada no site do Rio Ave nos últimos meses) estava inclinado para votar em branco devido aos dois granes motivos explanados no texto da parte I: O curto prazo de apresentação e defesa das propostas e existência de um único candidato.
 
  Ainda assim, há também uma grande desilusão com os últimos anos de presidência de António da Silva Campos. 
  Não posso avaliar os mandatos do Presidente como negativos, até porque os resultados desportivos e financeiros são muito positivos. 
  A minha desilusão prende-se com as coisas (promessas) que têm ficado por cumprir e algumas contradições claras entre a estratégia dita e a estratégia praticada. 
  Assim, abre-se sempre espaço para uma simples interrogação: Até onde poderíamos chegar se a "banda" estivesse afinada? 
 
  As promessas por cumprir: Sede, Bancada, Cobertura da Bancada, Academia, Futsal na 1.ª divisão. Estas são fáceis de identificar (é comum à maioria dos Rioavistas) e o seu incumprimento terá justificações variadas e algumas provavelmente serão bem aceites. 
     
  As incongruências: Sou sobressaltado com tantas que tive a necessidade de fazer uma lista: 
Angariação de sócios - Mudamos o sistema de cotas e retiramos direitos aos sócios (salvou-se o facto de o custo no final das contas ser praticamente o mesmo - mas o clube diminuiu as receitas e favor das contas da SDUQ). 
Angariação de sócios - Não se mudou nada. Se não apareciam e não mudamos nada, como vão aparecer? 
     
Aposta no Futsal - Fomos estando cada vez mais perto do abismo e não se mudou. Depois da catástrofe houve mudanças, mas já estávamos no segundo escalão e a COVID-19 baralhou tudo. Curiosamente a descida de divisão coincide com a menor receita do Clube. Será que isso afetou o orçamento para o Futsal? 
 
Modalidades Femininas - Há, depois não há, depois volta a haver, depois deixa de existir, depois regressa. Qual é a estratégia? 
 
Obras - Se não me falham as contas, a Sede é promessa do 1.º mandato. 
 
Obras - Se não me falham as contas, a Academia já teria sido feita quase duas vezes neste prazo (e segundo a promessa eleitoral, então a existência danova bancada estaria avançada) - COVID-19? Talvez, mas faltam justificações. 
 
FORMAÇÃO - Criação de Equipa de sub-23, um fiasco porque se permitiu que se tornasse num campeonato de sub-19 (2.0) em favor que quem tinha equipa B (qual foi a posição do RAFC na FPF acerca deste problema?). 
 
FORMAÇÃO - Criação de Equipa B, com ex-atletas dos sub-23, depois de dois anos em que não se promoveu com sucesso um único atleta à equipa principal, com a conivência da direção que ofereceu sempre atletas mais experientes aos treinadores. Vitó - Al Musrati; Tiago André - Pedro Amaral; Jaime/Bruninho/Leandro - Gabrielzinho; Costinha - Júnio/Figueiras; Namora/Schutte - André Pereira. Pode dizer-se: "Ah! não têm qualidade". Mas vamos arranjar jovens melhores? É que agora estamos a investir em duas equipas (sub-23 e B)!!! E o que aconteceu neste defeso foi a saída dos nossos melhores da formação para outras equipas (ex: André Ramalho e outros jovens de escalões inferiores). 
 
  Todos estes pontos, muitos pela simples falta de justificações para tais sucedidos, deixa-me desconfortável. Se falhamos uma promessa eleitoral/cumprimento do programa, devemos aqueles que nos elegeram uma justificação. 
 
  Contudo, tenho que reconhecer que o programa eleitoral é bom, bonito e bem parecido (há que dar mérito a quem o construiu).  
  De tal forma, que num impulso até me dá vontade de assinar por baixo e colaborar positivamente na renovação de mandato. 
  Mas… escrever coisas bonitas é muito fácil….
 
  O verdadeiro ponto está no método ou forma de concretizar tais afirmações. Onde está o "como?". Uma coisa é certa: por muito interessante que tenha sido o passado, por muito que se enalteça o que foi feito, temos que ter a consciência que no dia 16 vamos legitimar ou não o que está escrito neste programa. Este programa é que interessa.
 
  Por absurdo analisemos esta hipótese: O candidato aponta à conquista de Taças. Como? Imagine-se que é contratando tais estrelas pagas a peso de ouro (os Cavani desta vida), que deixa o clube financeiramente na miséria. De que adianta todos os sucessos dos últimos anos? O passado é importante para credibilizar o candidato, mas é preciso perceber o "como?" que sustenta estes objetivos.
 
  Eu gostava de votar positivamente este programa, mas para tal seria necessário o candidato colaborar e defender as suas ideias. Eis algumas propostas que eu entendo como mais importante e que claramente não têm explicação (e o como faz toda a diferença) 
 
1. Afirmação da Equipa Profissional de futebol sénior – Vamos lutar pelos 5 primeiros e vamos lutar pelas taças com que recurso? Com o nosso orçamento? Vai ser aumentado com base em quê? Está umbilicalmente associado à SAD? 
 
2. Afirmação da Formação – Vamos melhorar com vista a títulos com que estratégia? Vamos aumentar o orçamento (contratos de formação) para segurar e/ou cativar os atletas que hoje em dia perdemos para Benfica, Porto, Sporting, Braga, Vitória SC, Famalicão, Boavista? Como vamos combater a capacidade dos tubarões? O melhoramento das condições será suficiente? 
 
3. Trabalhar num modelo de gestão autossuficiente e produtivo nas Modalidades e no Futebol Feminino - As equipas ficarão no Clube? Serão criadas SAD’s próprias? Vamos captar mais patrocínios? Como? Prevê-se aumento das receitas televisivas? 
 
4. Regressar à 1ª Divisão no Futsal sénior masculino – Será profissionalizada toda secção? Iremos deixar de ter jogadores/trabalhadores? Uma equipa para a 1.ª e capaz de se manter na 1.ª terá um custo superior. Como vamos captar o respetivo investimento? 
 
5. Aumentar o n.º de sócios (não está no programa, mas o presidente já falou em triplicar o n.º de associados – se tivermos 4000, ele quer mais 8000) – Como vamos atingir este número? Que tipo de campanhas vamos levar a cabo? Baixar a despesa da cotização? Aumentar a oferta/direitos dos associados? Vamos tentar algo novo? Vamos seguir com o mesmo estilo? 
 
6. Criação de uma Sociedade Anónima Desportiva, procurando um investidor minoritário – Qual a percentagem de que o Rio Ave vai abdicar? Como vamos cativar um investidor que partilhe o risco sem partilhar a decisão? Será melhor procurar uma solução vários investidores? 
 
  Eu ainda não sei o que vou fazer. 
  Não gosto de eleições com apenas um candidato. Por isso, pondero votar em branco como cartão amarelo aos 14 dias e como cartão vermelho à oposição (que parece não existir). 
  O problema é que se não me sentir bem representado, também terei que votar em branco. Não posso não votar, caso contrário não conto, e não posso votar no candidato... um dilema. 
  O Candidato pode ajudar a resolver…

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