O jogo foi tão pobre (tendo em conta o adversário) que eu vou
concentrar-me em culpar o campo, uma vez que se exige muito mais da equipa.
O relvado até parecia menos mal, mas deteriorou-se muito com o
jogo, que indicia que não estaria muito bom de pisar ou fazer circular o
esférico.
Confesso que sou um defensor da "velha Taça de Portugal"
onde o fator SORTE influencia muito o sucesso na competição.
A Taça de Portugal é uma competição Nacional e Global, onde os
milionários portugueses defrontam os jogadores trabalhadores das distritais. As
condições dos terrenos de jogo, dos estádios, o fator casa, etc. podem e devem
ser uma ajuda ao equilíbrio de forças.
Eu acho que a beleza da Taça e o sonho da Taça são as vitórias dos
pequeninos (todavia, em Portugal, continua-se a proteger os três estarolinhas,
para ver se eles ganham alguma coisa e não ficam todos chateados uns com os
outros).
Contudo, com o passar do tempo, o campo foi sendo muito mais arado
do que pisado e acabou um batatal em tons de verde. Aposto que aquele campo
apresentado no final do encontro nunca teria aprovação para ir a jogo.
Aparentemente, com receio das lesões e segundo a comunicação
social, o Rio Ave (meio contrariado) preferiu o mal menor do mau relvado
natural à alternativa que existia, em sintético. Sou da opinião de que se a FPF
quer manter este nível de encontros terá que ajudar estes clubes
(financeiramente) a encontrar um recinto mais adequado.
Se não me falham as medidas o campo também era qualquer coisa mais
pequeno, com menos uns 3 metros em cada comprimento. Não posso aferir a real
interferência no estilo de jogo da equipa, mas também terá alguma, ainda que
pequena.
Quanto à partida, o desnível é tão grande e as condições de jogo
tão próprias, que não podemos retirar grandes conclusões.
Os pontos positivos:
Gabriel rendeu - jogou pela DIREITA e fez bom uso da sua arma
(corre muito). No meu ver falta-lhe clarividência na tomada de decisão, o que
salta à vista no nível Rio Ave, onde os espaços são mais pequenos e o tempo
para pensar é mais curto. Para render na nossa equipa deve estar em zonas
confortáveis, com tarefas simples. Foi assim que fez estragos ontem e na Bósnia.
Meshino é craque na relação com a bola e tem um bom sentido de
baliza. Se conseguir melhorar a sua relação com a equipa e os tempos de soltar
a bola, será uma peça muito importante. Já tem dois Golos e mostra que não
precisa de muito para marcar. Aquelas incursões do flanco esquerdo para o
centro são muito interessantes - falta-lhe gerir melhor a oportunidade, para
não se tornar um jogador previsível.
Geraldes é Geraldes. Ele não está no Sporting por aquilo que faz
bem ser fraco. O seu problema é aquilo que faz mal. Tem que se moderar para
passar a ser um jogador positivo e de confiança. Aquilo que sentimos quando o
Geraldes pega na bola é uma sensação de desconfiança grande (será o bom ou o
mau?). Há vezes em que complica tanto que até engana os colegas, mas também há
lances em que consegue colocar a equipa na cara do Golo.
Estreou-se Costinha - Mister Carvalhal! Era assim tão arriscado
colocar este talento a jogar frente ao Condeixa, o Alverca e o Marinhense? A
grande pecha do seu reinado
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