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24 janeiro 2014

O meu comentário aos "estrangeiros" na formação do Rio Ave - Parte 1

  Desde o dia em que este texto foi publicado que quis deixar a minha opinião sobre o assunto, porque estes são temas que realmente interessam para o presente e futuro do Clube e que todos sabemos que não são consensuais.
  
  O Rio Ave, hoje em dia, gasta mais dinheiro em formação do que no passado e estamos a ter mais proveito do que no passado?
  Eu penso que estamos nos primeiros anos de retroactivos e penso que não estou errado ao dizer que do novo projecto de formação apenas saíram, pelo menos com sucesso, Hassan e Júlio Alves, dois jogadores que, em abono da verdade, praticamente não foram formados no Clube. Também saíram Igor e Tiago Silva de quem também não podemos dizer que foram formados no clube e muito menos podemos dizer que são um sucesso, porque justa ou injustamente ainda não chegaram à equipa principal. André Dias terá sido o que passou mais tempo na formação e aguentou mais tempo com a equipa principal.
  No ano passado tivemos uma excelente e provavelmente a melhor equipa de júniores e os retroactivos estão muito perto do zero. Kiki, Rubén e Daniel foram, aparentemente, considerados muito caros para a incerteza do seu potencial. De Baldaia, Tiago Santos e Paulo Jorge há quem diga que são do Rio Ave, há quem diga que não (Bahia parece que não era). E Lord, lesionou-se e deixou saudades. O que é feito dele? O Rio Ave nunca quis e/ou preocupou-se em esclarecer a situação. É este o tratamento que os sócios têm de uma direcção que diz apostar na formação.
  Hoje em dia temos uma equipa de júniores da qual imagino que se vá aproveitar muito pouco. Para além dos centrais Silvério e Monte, talvez só Esgaio e os estrangeiros possam chegar ao escalão principal (espero não estar a ser injusto porque tenho acompanhado muito menos este  ano). Essa equipa mais fraca não será também reflexo de jovens que não quererão vir para o Clube porque afinal não há uma aposta na formação? Porque é que não haverão de ir jogar para equipas onde recebem salário, onde até há equipa B ou militam na 2ª Divisão, se no fim a probabilidade de chegarem longe é a mesma?

  Na equipa de juvenis há talento. É evidente. Também é evidente que não há muitos ou nenhuns vilacondenses, mas a minha questão/duvida vai mais longe. Quantos deles continuam para a próxima época. Vitó é chamado para a selecção, não é de Vila do Conde, o que o impede de ir para outro clube?
  Quantos jogadores não farão o mesmo?
  Quantos jogadores no passado já fizeram o mesmo? Quantos jogadores de Vila do Conde perdemos para outros clubes "maiores"?
  Ainda do ano passado para este perdemos Nuno Santos que fomos buscar ao Porto para o Benfica. Trocou o Rio Ave de Zé Gomes, André Vilas Boas, Vitor Gomes, Coentrão, Fábio Faria, para ir para o Benfica de Rui Costa e de Vieira que compra contentores de jogadores estrangeiros e diz que o futuro passa pelo Seixal. No entanto no passado mais próximo há os André Gomes e Almeida e Cavaleiro contra ninguém do Rio Ave. Também está numa equipa que tem dinheiro para esbanjar em assinaturas de contratos profissionais com todos os gastos em direitos de formação que isso engloba.

  Ainda assim, foi preciso uma boa equipa, com bons talentos vindos "de fora", para que os dois vilacondenses Monte e Silvério jogassem na sua formação uma fase de apuramento de campeão nacional. Se acreditarmos no trabalho dos nossos técnicos, acreditamos que vieram estes jogadores, porque "em casa" não encontramos talento que chegue e por isso ficam mais duas perguntas no ar: Sem jogadores "de fora" haveria material em Vila do Conde para levar os vilacondenses tão longe? Os vilacondenses seriam os mesmos jogadores que são hoje se jogassem em escalões inferiores e com potencial/qualidade para chegar ao escalão principal de futebol?

  Esta é a contextualização/história resumida da formação que temos, para reflexão. 
  Para depois ficam as conclusões que eu tiro e as propostas que tenho.

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