Na mesma altura em que esta questão foi levantada andava no ar a questão Benfica e a sua formação, Por causa disso o jornalista Nuno Madureira (aquele de cabelo rapado que participa no mais futebol) fez uma excelente reportagem com o título: "Afinal, de onde vieram os portugueses da Liga?"
Na parte 2 perguntei: E quais são os clubes em Portugal que estão onde estamos e formam mais jogadores da terra que nós? - De repente apareceu-me a resposta.
Na parte 2 perguntei: E quais são os clubes em Portugal que estão onde estamos e formam mais jogadores da terra que nós? - De repente apareceu-me a resposta.
Notas:
- Penso que os dois formados são Vilas Boas e Tiago Terroso.
-
Sabemos que à uns anos com Vitor Gomes, Ze Gomes e Fábio Faria, já sem
falar em Coentrão ou Júlio Alves teríamos outros números Miguelito
também.
- Se pensássemos em grande formação diria que com Coentrão teríamos provavelmente um tope 5.
-
Penso que há um erro no texto porque não se entende a segunda tabela.
Como é que o Rio Ave tem zero com Vilas Boas? Ou não era Vilas Boas, mas
quem seria o outro?
- O Varzim tem bons números mas penso qe é reflexo de uma boa geração que tiveram nas mãos.
-
O facto de alguns clubes ter equipas B ajuda a alguns números e não sei
até que ponto o jornalista estaria na posse de todos os elementos.
-
Tendo em conta a fase de apuramento de campeão do ano passado e deste
ano os números do Belenenses, Setúbal e Académica são reveladores de
outros tempos. Em Guimarães, a qualidade, a equipa B e o orgulho na
cidade e no clube podem justificar que muitos jogadores não troquem o
clube.
-
Para finalizar, o estudo cai sobretudo sobre os últimos 4 anos de
formação e a carreira de jogador pode chegar aos 15 anos por isso, de
uma aposta do Rio Ave na formação só poderemos retirar uma conclusão
daqui a 10 anos.
"Retrato robô da formação dos 174 jogadores nacionais que já alinharam este ano no escalão principal
Dependente dos grandes clubes, dos
centros urbanos de Lisboa e Porto e ligeiramente inclinada a Norte. É
este, na atualidade, o retrato robô da formação na Liga portuguesa,
usando como medida de aferição a proveniência dos 174 jogadores
portugueses que já atuaram nesta edição da prova.
Sem surpresa, o Sporting surge como o pólo formador mais importante: 27 jogadores portugueses da nossa Liga (15 por cento do total) passaram pela formação leonina entre os 16 e os 19 anos – a fase final da formação, que determina a passagem a profissional. Os outros dois grandes vêm a seguir: 20 jogadores nacionais registaram passagem pela formação do Benfica (11,5%) e 19 (11%) passaram pelo FC Porto nesse período. Em conjunto, os três grandes são responsáveis pelo aparecimento de quase 40 por cento dos jogadores nacionais da Liga.
A seguir, na influência formadora, vêm o V. Guimarães (12 jogadores, 7% do total) e o Belenenses (10, ou 6%), a distância significativa dos outros clubes do escalão principal. Olhanense e Arouca são os únicos emblemas que não registam a passagem de qualquer juvenil ou júnior atualmente a jogar no primeiro escalão da Liga.
A surpresa, a haver alguma, será proporcionada por clubes de outros escalões com bom desempenho na formação. Casos, por exemplo, do Penafiel (sete) e do Leixões (seis) com vários jogadores fornecidos à elite, e também do Boavista (cinco) e do Varzim (quatro).
Clubes com mais jogadores formados*
Sporting, 27
Benfica, 20
FC Porto, 19
V. Guimarães,12
Belenenses, 10
V. Setúbal, 8
Académica, 7
Penafiel, 7
Leixões, 6
Sp. Braga, 5
Marítimo, 5
Boavista, 5
Varzim, 4
Nacional, 3
P. Ferreira, 2
Rio Ave, 2
Estoril, 1
Gil Vicente, 1
* Portugueses com minutos jogados nesta Liga e que tenham passado pelos escalões de formação, no mínimo uma época, entre os 16 e os 19 anos.
Este está longe de ser o único critério para aferir a eficácia da formação de cada clube. Muitos, por exemplo, contabilizam passagens curtas de jogadores que acabam de ser formados em outras paragens. Neste sentido, vale a pena ponderar que fatia desses três anos decisivos (entre os 16 e 19) coube a cada clube. Mais uma vez, sem surpresa, o Sporting surge na frente, com 14 por cento do total de épocas, mas a fatia de Benfica (9%) e FC Porto (8%) desce de forma nítida, sugerindo uma aposta menos continuada em jogadores que vêm de trás e, por outro lado, uma prospeção mais atenta a juniores de último ano.
O V. Guimarães mantém o estatuto de quarto grande neste particular, com 6 por cento do tempo total de formação, seguido por Belenenses, V. Setúbal e (novamente) o Penafiel, cada um com 4 por cento do total. Académica, Leixões, Boavista, Sp. Braga, Marítimo e Varzim são os outros clubes com fatias superiores a 2 por cento. Os restantes 35 por cento de épocas de formação são distribuídas por outros 66 clubes, todos com menos de 1,5%.
Sporting e V. Guimarães mantém o talento em casa
Dos 79 clubes envolvidos na formação dos 174 jogadores portugueses que atuam na Liga, apenas 25 (14 da Liga e 11 da Liga de Honra) estão atualmente nas competições profissionais. Dos outros, 18 integram o Nacional de Seniores, e 32 estão nas competições distritais. Há ainda quatro casos de clubes estrangeiros formadores de jovens portugueses que, na passagem a sénior vieram jogar para Portugal: casos de Yohan Tavares (Tours e Le Mans), Tony (PSG) e Luís Gustavo (Barcelona).
Já no que se refere ao tempo (épocas) de formação, os clubes atualmente na I Liga têm a maior fatia (57%), com a II Liga a ficar com 13% e os Nacionais de Seniores com 15%. Os clubes com equipas seniores nas provas distritais são responsáveis por cerca de 13% do tempo de formação dos jogadores portugueses na elite dos nossos campeonatos.
No que se refere ao aproveitamento que é feito da formação, e voltando a incidir a análise nos clubes do primeiro escalão, Sporting e V. Guimarães voltam a ser exceção, utilizando cada um, nesta edição da Liga, sete jogadores formados em casa. Quase metade das equipas da Liga usou até agora um, ou nenhum, jogador proveniente dos seus escalões de formação.
Jogadores formados pelo próprio clube*:
Sporting, 7
V. Guimarães, 7
Marítimo, 5
V. Setúbal, 5
Benfica, 4
Nacional, 3
Belenenses, 3
Académica, 2
Sp. Braga, 2
FC Porto, 1
P. Ferreira, 1
Gil Vicente, 0
Arouca, 0
Olhanense, 0
Rio Ave, 0
Estoril, 0
* Portugueses com minutos jogados nesta Liga e que tenham passado pelos escalões de formação, no mínimo uma época, entre os 16 e os 19 anos.
Lisboa e Porto no centro de tudo
Por fim, um olhar pelas regiões geográficas permitem confirmar o óbvio: a formação em Portugal está muito dependente dos grandes centros urbanos. Foi na região da Grande Lisboa (de onde vieram 35% do total) e do Grande Porto (responsável por 23%) que se formaram mais de metade dos jogadores portugueses da Liga. O olhar mais abrangente pelo país permite notar que há mais clubes formadores a norte (Grande Porto, mais Minho e Alto Douro têm 45% do total) enquanto o sul, fora da Grande Lisboa, foi responsável por apenas 6% do tempo de formação.
A região centro, com a Académica como maior referência, ficou com 9% da formação de jogadores nacionais da Liga, e os três clubes da Madeira a ficarem com 4%.
Distribuição geográfica
Grande Lisboa (35%, distribuídos por 21 clubes)
Grande Porto (23%, 16 clubes)
Zona Norte (22%, 19 clubes)
Zona Centro (9%, 12 clubes)
Sem surpresa, o Sporting surge como o pólo formador mais importante: 27 jogadores portugueses da nossa Liga (15 por cento do total) passaram pela formação leonina entre os 16 e os 19 anos – a fase final da formação, que determina a passagem a profissional. Os outros dois grandes vêm a seguir: 20 jogadores nacionais registaram passagem pela formação do Benfica (11,5%) e 19 (11%) passaram pelo FC Porto nesse período. Em conjunto, os três grandes são responsáveis pelo aparecimento de quase 40 por cento dos jogadores nacionais da Liga.
A seguir, na influência formadora, vêm o V. Guimarães (12 jogadores, 7% do total) e o Belenenses (10, ou 6%), a distância significativa dos outros clubes do escalão principal. Olhanense e Arouca são os únicos emblemas que não registam a passagem de qualquer juvenil ou júnior atualmente a jogar no primeiro escalão da Liga.
A surpresa, a haver alguma, será proporcionada por clubes de outros escalões com bom desempenho na formação. Casos, por exemplo, do Penafiel (sete) e do Leixões (seis) com vários jogadores fornecidos à elite, e também do Boavista (cinco) e do Varzim (quatro).
Clubes com mais jogadores formados*
Sporting, 27
Benfica, 20
FC Porto, 19
V. Guimarães,12
Belenenses, 10
V. Setúbal, 8
Académica, 7
Penafiel, 7
Leixões, 6
Sp. Braga, 5
Marítimo, 5
Boavista, 5
Varzim, 4
Nacional, 3
P. Ferreira, 2
Rio Ave, 2
Estoril, 1
Gil Vicente, 1
* Portugueses com minutos jogados nesta Liga e que tenham passado pelos escalões de formação, no mínimo uma época, entre os 16 e os 19 anos.
Este está longe de ser o único critério para aferir a eficácia da formação de cada clube. Muitos, por exemplo, contabilizam passagens curtas de jogadores que acabam de ser formados em outras paragens. Neste sentido, vale a pena ponderar que fatia desses três anos decisivos (entre os 16 e 19) coube a cada clube. Mais uma vez, sem surpresa, o Sporting surge na frente, com 14 por cento do total de épocas, mas a fatia de Benfica (9%) e FC Porto (8%) desce de forma nítida, sugerindo uma aposta menos continuada em jogadores que vêm de trás e, por outro lado, uma prospeção mais atenta a juniores de último ano.
O V. Guimarães mantém o estatuto de quarto grande neste particular, com 6 por cento do tempo total de formação, seguido por Belenenses, V. Setúbal e (novamente) o Penafiel, cada um com 4 por cento do total. Académica, Leixões, Boavista, Sp. Braga, Marítimo e Varzim são os outros clubes com fatias superiores a 2 por cento. Os restantes 35 por cento de épocas de formação são distribuídas por outros 66 clubes, todos com menos de 1,5%.
Sporting e V. Guimarães mantém o talento em casa
Dos 79 clubes envolvidos na formação dos 174 jogadores portugueses que atuam na Liga, apenas 25 (14 da Liga e 11 da Liga de Honra) estão atualmente nas competições profissionais. Dos outros, 18 integram o Nacional de Seniores, e 32 estão nas competições distritais. Há ainda quatro casos de clubes estrangeiros formadores de jovens portugueses que, na passagem a sénior vieram jogar para Portugal: casos de Yohan Tavares (Tours e Le Mans), Tony (PSG) e Luís Gustavo (Barcelona).
Já no que se refere ao tempo (épocas) de formação, os clubes atualmente na I Liga têm a maior fatia (57%), com a II Liga a ficar com 13% e os Nacionais de Seniores com 15%. Os clubes com equipas seniores nas provas distritais são responsáveis por cerca de 13% do tempo de formação dos jogadores portugueses na elite dos nossos campeonatos.
No que se refere ao aproveitamento que é feito da formação, e voltando a incidir a análise nos clubes do primeiro escalão, Sporting e V. Guimarães voltam a ser exceção, utilizando cada um, nesta edição da Liga, sete jogadores formados em casa. Quase metade das equipas da Liga usou até agora um, ou nenhum, jogador proveniente dos seus escalões de formação.
Jogadores formados pelo próprio clube*:
Sporting, 7
V. Guimarães, 7
Marítimo, 5
V. Setúbal, 5
Benfica, 4
Nacional, 3
Belenenses, 3
Académica, 2
Sp. Braga, 2
FC Porto, 1
P. Ferreira, 1
Gil Vicente, 0
Arouca, 0
Olhanense, 0
Rio Ave, 0
Estoril, 0
* Portugueses com minutos jogados nesta Liga e que tenham passado pelos escalões de formação, no mínimo uma época, entre os 16 e os 19 anos.
Lisboa e Porto no centro de tudo
Por fim, um olhar pelas regiões geográficas permitem confirmar o óbvio: a formação em Portugal está muito dependente dos grandes centros urbanos. Foi na região da Grande Lisboa (de onde vieram 35% do total) e do Grande Porto (responsável por 23%) que se formaram mais de metade dos jogadores portugueses da Liga. O olhar mais abrangente pelo país permite notar que há mais clubes formadores a norte (Grande Porto, mais Minho e Alto Douro têm 45% do total) enquanto o sul, fora da Grande Lisboa, foi responsável por apenas 6% do tempo de formação.
A região centro, com a Académica como maior referência, ficou com 9% da formação de jogadores nacionais da Liga, e os três clubes da Madeira a ficarem com 4%.
Distribuição geográfica
Grande Lisboa (35%, distribuídos por 21 clubes)
Grande Porto (23%, 16 clubes)
Zona Norte (22%, 19 clubes)
Zona Centro (9%, 12 clubes)
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