Sem dúvida que há palavras piores e bem mais aplicáveis mas isto é OBSCENO.
Há muitas pequenas iniciativas que poderiam melhorar o futebol. Infelizmente isso faz comichão aos mais poderosos.
Conseguimos passar horas a discutir o vídeo arbitro, o seu método de aplicação e os seus custos de implantação e manutenção, mas não conseguimos discutir medidas anti-jogo como por exemplo, há imagem do futsal ou futebol de praia impor ao árbitro o levantar do braço para contar os segundos da reposição da bola em jogo.
Também conseguimos passar horas a discutir percentagens de passes, passes partilhados com fundos, comissões dos empresários, mas não conseguimos disctir a criação de um organismo que controle e publique os dados das transferências.
Conseguimos passar horas a discutir o fairplay financeiro, ou a moralidade dos jogadores emprestados jogarem contra a equipa de origem, mas não conseguimos discutir o fairplay desportivo e medidas de equilibrio e igualdade desportiva.
Pois é.
Hoje enquanto passava os olhos pelas notícias que não aparecem em relação ao nosso Clube, entrei na página do site zerozero e encontrei esta analise:
- O que fizeram os 24 emprestados do Sporting?
- O que fizeram os 42 emprestados do Porto?
- O que fizeram os 34 emprestados do Benfica?
Como é que isto é possível? Que bem é que isto faz ao futebol nacional e mundial? Não será este um dos pontos mais pertinentes do desnível patente nas competições.
São 90 jogadores filiados a 3 clubes com um poder económico elevadíssimo face à concorrência. São 3 planteis completos de 30 jogadores. Às competições de seleções só se podem levar 23.
Destes 90, cerca de 50 teriam, sem dúvida, lugar na primeira liga. Cerca de 30 a 40 encontrariam um lugar de titular pelas diversas equipas. 10, 15 ou até 20 poderiam ser estrelas destas equipas.
No final das contas não são só jogadores "roubados/amputados" às restantes equipas. São resultados desportivos, são ativos, são potenciais receitas e são muitas vezes, infelizmente, moedas de troca para marcar posição, chantagear, angariar aliados junto dos restantes clubes.
Mas isto não interessa a ninguém.
Nós vamos discutindo SADs ou SDUQs, equipas B ou equipas satélite.
No fim o ciclo continua no mesmo vício, porque as diferentes Federações juntamente com UEFA e FIFA não gostam destes temas.
Vamos lá todos sorrindo e cantando rumo à conquista do penta, à vingança do Jesus ou à revolta do Conceição.
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